Ai que saudades do tempo
Em que o mundo avançava
E eu, criança feliz, brincava.
Ai que saudades do tempo
Que eu fazia as minhas bonecas de trapos.
Ai que saudades do tempo
Que eu contenplava o Sol
Desde que surgia no horizonte
Até que se escondia atrás dos montes,
Tomando a cor ardente do fogo.
Ai que saudades do cheiro
Das flores, do mato, da terra húmida.
Ai que saudades de tudo que passou,
Não ignorando que cada dia
Eu mais crescia.
Mas mesmo, crescendo dia a dia,
Nunca deixei de ser criança.
Hoje mulher, tenho saudades
De tudo que vivi.
Sei que toda a pessoa que se preza
Tem saudades.
E eu prezo-me de ser Pessoa!...
26-02-2008
Adélia Barros
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