RIO SEM PRESSA
Os plátanos deixam cair suas folhas
Rubras, castanhas e amareladas,
Ressequidas pelos frios d' Outono
E varridas pelo vento, às rajadas.
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O rio Vouga que passa tranquilo,
Parecendo estar adormecido,
Acolhe com carinho algumas folhas
Que o vento varreu entontecido.
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A bordar as suas margens há chorões
Que estendem seus ramos verdejantes
Até tocarem as águas tranquilas
Como cachos de cabelos pendentes.
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Este Vouga que nasce lá na Lapa
Numa fonte de pequeno tamanho
Parece não ter pressa de chegar
Aos braços do imenso oceano.
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Ou então tem saudades de deixar
Tão lindas e repousantes paisagens
Que ele contempla durante o seu percurso,
Mirando enternecido as suas margens.
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2008-10-22
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Adélia Barros
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