As tuas águas sempre tão serenas
Onduladas levemente p'lo vento
Tranquilam e aquietam minha alma
E fazem divagar meu pensamento.
Recordo as manhãs em que acordava
Com o cantar das aves chilreando
Tomando a primeira refeição
Ou então nos beirais sobrevoando.
Nas tatdes quentes com o sol a pino
Hora da sesta de todos os mortais
Parecia que até a própria fonte
Não tinha forças para correr mas.
Quando chegava a hora em que o Sol
Se deitava com calma no seu leito
Beijava de fugida a dona Lua
Que guardava sua luz em seu peito.
Repousando no quarto pequenino
Cheirando a jasmim e rosmaninho
Dormia embalada pelo vento
Que balançava as follas de mansinho.
10/06/2023
Adélia Barros
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