Olhando o mar,
sentindo o odor da maresia,
ouvindo o marulhar das águas,
seguindo o movimento de vaivém
das ondas que preguiçosamente
se espalham na praia
e rapidamente voltam
ao seio daquele mar
que não deixa as suas águas
repousarem nem por um segundo.
Medito e comparo...
Sou como o mar
com perfume de alecrim e rosmaninho
e não de maresia.
O turbilhão dos meus pensamentos
provoca um marulhar
que só eu consigo ouvir.
As ondas do meu coração,
umas vezes céleres,outras preguiçosas,
apenas são sentidas só por mim,
porque me recuso a partilhá-las.
E esta inquieta luta
para esconder dos outros
o que me faz sofrer,
faz de mim um mar revolto,
mas que todos crêem tranquilo
sem ondas,sem marés,sem correntes.
Águas tranquilas ,
com cataratas de surda explosão!...
15 de Agosto de 2007
Adélia Barros
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