segunda-feira, 28 de abril de 2008

NO JARDIM DA VIDA...


Logo pela manhã fui ao jardim
Onde tantas tantas flores contemplei.
Eram tão coloridas, tão formosas
Que caída em êxtase eu fiquei.
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Eram brancas, vermelhas, amarelas,
Cor-de-rosa e mais diversas cores.
Frescura e aroma tão intenso
Não faltavam a estas belas flores.
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Estive a procurar no meio delas
As mais belas, mais raras, perfumadas.
Eram todas tão lindas, tão esbeltas,
Banhadas com lágrimas doiradas.
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Essas gotas de orvalho que povoam
As delicadas pétalas das flores
Vão ser secas pelos fulvos raios
Do Sol que visitará seus amores.
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De manhã, as flores tão luzidias,
À tarde pelo sol murchas serão.
E suas pétalas tristes, desmaiadas,
Pelo solo, sem piedade, rolarão.
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Também são como as flores fluorescentes
As nossas ilusões da juventude,
Ontem, doiradas,belas, perfumadas,
Vividas em toda a plenitude.
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O tempo corre, corre sem cansar,
Em louco desatino galopando.
Como as flores caídas, desmaiadas,
Nossas ilusões perdidas vão ficando.
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2008-05-03
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Adélia Barros

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