Meu jardim é pequenino
Mas sempre tem que me dar
Quando de manhã cedinho,
Lampeira, o vou saudar.
Cor de fogo, uma rosa
Salpicada de brilhantes
P´la chuva que cai teimosa
Em fustigadas constantes.
Olha para mim e diz:
Vem colher-me,anda,vem
Para colocares,feliz,
Na jarra da tua Mãe.
,
Bela,elegante e altiva
Surge por entre a folhagem
Uma coroa de cor viva
Sacudida pela aragem.
Ansiosos por brotar
Os cravos estão em botão,
Porque,mesmo só de olhar
Sentem o meu coração
Que pulsa ao vê-los florir
Que se deleita com a cor.
Seu perfume o faz sentir,
Tudo isto foi amor...
Qu' aos poucos fugiu de mim,
Dilui-se como a cor
Dos cravos,rubros carmim,
Agora quase sem cor.
Como sempre as estações
A tempo ou atrasadas
Assaltam os corações,
As almas desesperadas.
Então tudo é diferente.
Do Inverno, faz-se Verão,
Primavera radiante
Renova o meu coração.
Agarro a Primavera
Não mais a largo da mão
E tudo passa a quimera,
Abraça meu coração.
E digo-lhe com carinho,
Triste não vou mais ficar,
Não te deixo mais sozinho,
Nem infeliz,a chorar.
1/05/2020
Adélia
sexta-feira, 1 de maio de 2020
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