Nas noites de insónia,
Quando o sono não chega
E o silêncio da noite
Me traz a saudade dorida,
Sento-me na cama
E, sob a luz ténue do candeeiro,
Escrevo a minha saudade
Com lágrimas que teimam
Em dizer que dói demais
Esta solidão tamanha.
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E estas lágrimas
Que inundam meus olhos
E turvam o meu ver,
Correm pelo rosto pressurosas,
Sem dar tempo de as secar.
Caem sobre os lençóis
Bordados, do meu leito,
Deixando sua marca
Molhada de tristeza.
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Abro a persiana
E olho para o céu.
No manto escuro da noite
As estrelas salpicam de oiro
O vasto firmamento
E a lua , majestosa musa,
Padroeira dos amantes,
Enche de prata
Os vales e as montanhas.
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Estou de volta ao leito
Com o rosto enxuto,
Pois a saudade se foi
Levada por alguma estrela
Ou então, pela mágica lua!
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2008-05-25
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Adélia Barros
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