A pequenina folha de papel
Pousada com cuidado sobre a mesa
Espera sentir os mimos da caneta
Que sempre a toca com delicadeza.
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A frescura da tinta que a invade
E lhe imprime palavras de emoção
Faz nascer lindas cartas de amor
Que alentam o sentir do coração
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E que feliz ficou a tal folhinha,
Porque o poeta, mero servidor,
Pegou-lhe com carinho e fez nascer
Mais um belo poema de amor.
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No mesmo instante a folha de papel
As belas palavras fez apagar,
Ficando de novo em branco, pois sabe
Que outro belo poema há-de brilhar.
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2008-05-24
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Adélia Barros
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