Mais um dia se passou .Amanhã será outro dia
Adélia Barros

« DESABAFO »

Domingo,29 de Julho de 2007

Só?.....Não...
Eu ,o Kitocas e Júlio Iglesias,deliciando-me com seus tangos argentinos.
Um calor abrasador teima em estragar-me esta quietude,mas o ventilador,
soprando sem cessar, consegue amenisar o ambiente.
E lá está o Julito a cantar " ADIOS,PAMPA MIA "
E como ele canta, também eu me me vou por terras distantes
que um dia tive a dita de visitar.

E lá prossegue ele " EL DIA QUE ME QUISESTE "
" A MEDIA LUZ "
E reporto-me a esses belos tempos ,recordo com saudade,mas sem pena.

Por último ," CAMINITO "
Caminhitos que eu em tempos percorri,quer bordados de rosas ,quer cobertos
de cardos,mas que jamais voltarão.
Então dei comigo a cantar :
Caminhito amigo eu também me vou!..
E interrogo-me :" Será que alguém um dia recordará os caminhos que eu percorri?????
QUEM SABE !!!

Adélia Barros

«Aniversário do Dr Sérgio»Dia 1/04/2005

Não foi por engano que Você nasceu!
Não foi por engano que conheci Você, não!
Não foi pr engano que Você me acolheu.
Não foi por engano que tomei Você como amigo,
Ou melhor como mais um filho do meu coração.
Da sua boa amiga Parabéns e um Beijão.

S.Paulo,1/04/2005 Adélia

«Inauguraçáo do Centro Social de Vilamarim»

Conservo no meu peito este cantinho
Onde nasci ,cresci e me fiz gente.
Não posso deixar de vos dizer
Como me sinto hoje tão contente!

Tão feliz por saber que houve alguém
Que pensou transformar este edifício
Em um lugar assim tão aprazível
E que é fonte de tanto benefício.

Esta casa chamada "Casa Grande"
Foi escola e lugar de diversões,
De teatro, cinema, bailaricos,
Música,palestras e de mais funções.

Mas o tempo que passa e deixa marcas
Foi degradando a casa que albergou
Nobres famílias que a construiram
E o Povo que a si se habituou.

Mas Deus que sempre vela por seus filhos
Que vagueiam p'la Terra de passagem
Fez que se tornasse realidade
Aquilo que parecia ser miragem!

E eis que surge então como magia
A obra que hoje vedes bem patente
E que é fruto da coragem e trabalho
Do Padre Zeferino aqui presente.

Mas este sonho hoje tão real
Já fora há muito também tão desejado
Por um grande homem que por cá passou
E se chamou Senhor Padre Machado.

O Senhor Padre António que era um Sábio,
Um Santo Homem, um Bom Samaritano,
Que estava sempre atento às aflições
Do seu mais infeliz Paroquiano.

Ninguém pode esquecer que a vida é bela
Com suas alegrias e tristezas.
Mas são estas vivências tão diversas
Que nos enchem a alma de riquezas.

A vida tem a sua Primavera
Cheia de encantos, sonhos,ilusões.
O Verão das colheitas tantas vezes
Apenas trágicas desilusões.

No Outono da vida tudo é calmo,
Pois é grande mestra a experiência
Que nos transforma em verdadeiras fontes
De bondade,amor e sapiência.

Pois cada um de vós tem a pulsar
Lá dentro desse peito um coração
Cheio de amor ,coragem,alegria
E duma tão enorme gratidão.

Também é grande a nossa gratidão
Por tudo aquilo que nos ensinais
Quer na alegria,saúde e bem-estar
Quer na tristeza e dor por que passais.

Eu peço a Deus que sempre vos ajude
A fazer da vossa vida um Paraíso,
Até que ELE se lembre que vos quer
Juntos de SI no " DIA DE JUÍZO"!!!

Adélia Barros

«Revolução sem cravos» em 14 /3/1975

Poesia dedicada à Nanda

Sob um céu de revolução
Politica -Social,
Em que as armas foram cravos
Dum vermelho tão real,

Também tu,minha querida,
Sem cravos ,mas bem cravada,
Fazes tua revolução
Sem sangue,mas bem sangrada!

E agora que a coragem
Em ti encontrou abrigo,
Não deixes que a reacção
Volte face ao inimigo.

Mas como após a revolta
Tudo é confuso,cinzento,
Espera calma a Primavera
Sem nuvens,bruma ou vento.

E se sentires os efeitos
Desses anos de opessão
A quererem fazer sangrar
Esse pobre coração,

Resiste ,pois tu és forte,
Disso provas dado tinhas.

Estende os braços aos amigos
Como a videira as gavinhas.

E assim bem apoiada
Levarás melhor a vida,
Serás um dia feliz,
Bem mereces ,minha querida!

Todos numa luta justa
Buscam sua "Liberdade".
Também tu lutarás sempre
Pela tua " Felicidade".

Porém quando alcançares
A etapa desejada,
Grita bem alto « Eureka »,
Já não anseio mais nada!!!

Adélia Barros

Quadras a S. João 2007

Dedicadas ás minhas companheiras de quarto no hospital da Prelada

S. João está bem contente
Com sua festa animada,
Porque este ano vai ter
As doentes da Prelada.

São tres mancas de muletas
Que vão saltar a fogueira
Dar com o alho nos carecas
E vão comprar a cidreira.

Tenho o manjerico murcho
Ó meu rico S. João
Arranja-me alguém que o regue
Te peço do coração.

Não vou saltar a fogueira,
Pelas cantigas me fico.
Tenho medo de queimar
A rama do manjerico.

Adélia Barros

««Excursão à Terceira-Açores 2oo3»

No dia trinta de Junho
Chegámos nós à Terceira
Vindos lá do Continente
Mas prontos pr'a brincadeira.

Aos vários membros do grupo
Uns depressa se ajustaram,
Outros, foi com grande esforço,
Que no Todo se integraram.

O tempo lá foi passando,
Comendo, bebendo e rindo.
Com a Graça a explicar,
Uns atentos,outros,dormindo.

Da Terceira para o Pico
Fomos voando,voando
E muito queijo e licores
O grupo foi animando.

A alcatra no Martelo
As sopas do Espírito Santo,
Os belos doces e frutas
Nos iam acompanhando.

E a bela Periquita
Que animava os periquitos?
Uns iam de bicicleta
E outros pelos seus pezitos.

Não falando na parceira
Que passou toda a excursão
À espera do ananás
Que estava na plantação.

No S. Miguel aprendemos
Que o banho do pimentão
Dá à Dona Periquita
Uma força de vilão.

Que é vantajoso andar
Lá pelo Rabo de Peixe
Pois levanta a barbatana
Que há muito tempo não mexe.

A Graça com medo disso
Não nos levou lá à vila
Receou que algum dos nossos
Ficasse cá sem a...escama.

Muito tinha pr'a dizer
Mas falta-me a inspiração,
Porém,isto que se segue
É de todo o coração.

Gostei de vos conhecer
De convosco conviver
E algum dia ter a dita
De novo eu vos rever.

Para isso acontecer
Vou meu contacto deixar
Dois,dois sete,sete,e....
Se não estiver a falar.

Pr'a Gracinha fica um beijo
E um abraço apertado
Deste grupo tão unido
Muito e muito obrigada.

Adélia Barros

«A NATUREZA É SEMPRE MÚSICA»

É sempre uma orquestra a Natureza
Que toca melodiosas canções.
Não sei dizer quando me agradam mais,
Pois são diferentes conforme as estações!

Na Primavera as árvores brotando
Verde folhagem,coloridas flores,
Onde alegres as aves chilreando
Vão construir seus ninhos, seus amores.

No Verão eu sinto a música tão forte
Que sai do verde e dos maduros frutos
Lembram tambores rufando alegremente
Nas romarias em animados grupos.

No calmo Outono a música é suave
Como o cair das folhas e das chuvas.
Cantam nos campos os vindimadores
Roubando às vides suas belas uvas.

E no Inverno o som dos estalidos
Da lenha que crepita nas lareiras,
Aquecendo os corações empedernidos
Por tantas e tão enormes canseiras.

Tudo isto é melodiosa música
Sentida por quem ama a Natureza
E não esquece que em qualquer altura
Dela brota amor ,vida e beleza!!!!

Adélia Barros

« PARA TI FILÓ » 2006

Portuguesa da Madeira
Lá de Câmara de Lobos Veio p'ro Brasil novinha
Para deleite de todos.

Sempre foi muito bonita,

Graciosa no andar,
Como miss de S.Paulo
Ganhou segundo lugar.

Mãe de três filhos bonitos
Qur criou com muito amor
E com muitos sacrifícios
Mais a benção do Senhor.

Sempre cheia de carinho
E amor por todos nós
Leva a vida a trabalhar
Com um sorriso na voz.

Como eu gosto desta loira
E do seu carrapitinho!
Deixo-lhe aqui um abraço
E um beijo com carinho.

Não me esqueci de falar
Do seu marido,afinal,
Que veio muito novinho
Lá do Lindo Portugal.

Foi sempre um belo rapaz
Com um grande coração.
Foi pena deixar crescer
Seu bigode à refilão.

Adélia Barros

« PARA TI MARIANA »

Está a chegar a Lua Cheia,
Vai chegar a Mariana...
Mas afinal esta lua
O bom Papá ela engana!

Olhem, vai ser afinal
Ao surgir "Quarto Minguante"...
Afirma a "Velha Senhora",
Pessoa mais experiente.

E assim aconteceu.
Na data que foi prevista,
Nasce a nossa "Princesinha",
Uma capa de revista.

Duas pretas azeitonas
São seus olhinhos brilhando;
Os cabelinhos sedosos
Que a Mamã vai afagando!

Como Deus foi generoso...
Tão bonita e perfeitinha
Que apetece olhá-la sempre,
Apertar-lhe a bochechinha.

Desde os seus primeiros dias
Atende ao nosso carinho
E retribui tão feliz
Com seu belo sorrisinho.

Atende este meu pedido,
Menino Jesus Amado!
Protege sempre este anjinho
Trá-lo sempre bem guiado!

Faz dela, eu te imploro,
Uma pessoa de Bem.
Dá saúde e boa sorte
Aos seus Paizinhos também.

Nossa Senhora que és Mãe,
Mãe da Paz e do Socorro,
Abençoa a Mariana,
É a ti que eu recorro.

Adélia Barros

Fim de semana em Sortelha»( 1996 )

Topar c'uma Viscondessa,
Viscondessa de '' vocês ''
Merece uma poesia
Digna dum culto marquês.

Cobrar "cem paus "logo á entrada
Pelo guia de Sortelha
Põe os hóspedes bem dispostos
A cortir qual grande "telha".

Os moquitos a pairar
Mais vastos que as andorinhas
Lembram pétalas de rosa
Lançadas às cabecinhas.

Do Jorge,da Ivone e Cândida
P'ra no Pedro não falar
Que bateu com sua tola
Na trave do patamar.

A autora destes versinhos
Diz ao sair desta casa:
Bolas, não volto a Sortelha,
Estou com o traseiro em brasa !!!

Adélia Barros

«« Poesias dedicadas à Fernandinha no dia do seu casa mento»

«AMOR no VERÃO »

Abri de par em par minhas janelas
Nesta manhã tão linda e radiosa,
Ouvi cantar alegres passarinhos
E senti qual perfume duma rosa.

Era a Primavera a despedir -se
Dos floridos campos e jardim
Onde ela, em casamentos tão fecundos,
Fez brotar tais maravilhas sem fim.

E num abraço de solidariedade
Apertou fortemente o Verão que é rei
E ao ouvido segredou-lhe assim:
''Cuida das belezas que eu criei ''.

E não te esqueças de aquecer também
Os noivos que uniram seu coração
E terminaram hoje sua Primavera
Para iniciarem um eterno Verão.

Dá-lhes, como eu, carinho,amor,ternura,
Compreensão,desejo e tolerância.
Que no seu lar se sintam tão felizes
Como tu ao beijar as flores com tal fragância!!!

Adélia Barros

Soneto «ALEGRIA no AMOR »

'' Alma minha gentil ''que estás feliz
Neste dia tão lindo e importante,
Transmite a estes jovens e convivas
Tudo o que te vai lá dentro de veemente.

Que a felicidade que sentis
Neste dia do vosso casamento
Nunca se apague, nem sequer esmoreça,
Nem que seja por um só momento !

E se lá no céu onde repousam
As almas dos ENTES queridos que se foram
E lhes é permitido ver o Mundo

Certamente que cantam com os Anjos
O Hino da Alegria e do Amor,
Num rejubilar doce e profundo!!!

Junho de 1992

Adélia Barros

« Convívio com os meus alunos em S. Paulo »

Tinha um sonho, uma ambição
Desde muito pequenina:
Estudar, tirar um curso
Que seria medicina.

Mas a vida traz reveses
Que ninguém pode prever
E com tristeza eu vi
Meu sonho desvanecer.

Tive de escolher um curso
Mais curto, mas muito nobre,
Professora e educar
Quer o rico,quer o pobre.

Sempre tive muito orgulho
Desta minha profissão
Que exerci até ao fim
Com muita dedicação.

Às vezes ficava triste
Por não ter realizado
O sonho de ser doutora
Muito e muito desejado.

Com todos vós conviver
Nesta santa comunhão
Senti como foi tão bom
Seguir esta profissão.

Agradeço muito a Deus
Ter permitido que um dia
Ensinasse estes alunos
Que me dão muita alegria.

Estes dias tão felizes
Que passei neste país
Não deram p'ra conhecer
Tudo aquilo que eu quis.

Se depois de tanto tempo
Inda me perco aqui,
Fico logo orientada
Quando chego ao Cambuci.

Mas se chego a Ipojuca
Ao cento e noventa e cinco
Respiro fundo e dido:
Muito segura me sinto.

Se me perco, então rezo
Á Senhora Aparecida
Que me leve a Pereira Pinto
Onde fico protegida.

Em Osasco e S. Bernardo
Não me perco certamente
Porque lá encontrarei
Cama,mesa e boa gente.

E sem medo nem vergonha
Ou qualquer pena ou dó
Fui-me encostar aos amigos
Na rua de Cotoxó

E um dia noTatuí
Sem de mim sentirem dó
Todos comiam churrasco
E eu dançava forró.

E em Águas de Lindoia
Calmos dias eu passei
Mas p'ra não ser tudo bom
No hospital acabei,

Porque os mosquitos gostaram
Deste sangue português
E esperam que eu volte
P'ra sugá-lo outra vez.

Lá p'ros lados de Guarulhos
Bons amigos conheci
Que me deram a alegria
De estar comigo aqui.

A todos vós meus amigos
Quero assim agradecer
O carinho,a amizade,
Todo este bom viver

Vou sentir muitas saudades
Deste país sem igual
E espero receber-vos
No meu canto em Portugal.

Muito obrigada a todos
Por vossa dedicação.
Deixo-vos um grande abraço
E um beijo no coração !!!

Adélia Barros

« PERFUME PARA UMA FLOR »

Perfume para uma flor!
Que contra-senso...
Não terá já tanta fragância
Este botão
Que hoje desabrocha
E se torna numa flor
De odor tão suave
E ao mesmo tempo tão intenso!
Mas mais forte
É o perfume da sua alma,
Que não se ve,
Não se ouve
E não se cheira,
Mas sentimos que é puro
Pois emana duma rosa
Que é tão alva!!!

Poesia composta no dia 20/1o/95

Dedicada á Tânia pelo seu aniversário

Adélia Barros

« MEU MESÃO FRIO »

Num dia de tristeza e grande nostalgia
Bateu neste pequeno, mas grande coração
Uma vontade de cantar em pobres versos
Este meu berço, a minha terra, o meu Mesão.

Este Mesão a que chamaram Mesão Frio
Frio? Porquê?Por gelar no Inverno a nossa mão!...
Mas esqueceram o calor e o pulsar
Que cada um de nós tem no seu coração.

Essa mão tão fria gelada pela neve
Que muitas vezes como flores cai no chão,
Está sempre pronta a ser estendida a quem precisa
Porque cada um que passa é seu irmão.

Tem o Marão tão altaneiro e majestoso
Que parece dizer:Ninguém toque esta gente
Que trabalha duramente dia a dia
Mas que possui um coração que tanto sente.

Aos pés, humilde e preguiçoso passa o Douro
Banhando sem parar o solo abençoado
Que produz o néctar dos deuses que consola
Quem teve a dita de algum dia o ter provado.

Os filhos desta terra sabem muito bem
Que sempre vigilante a Serra diz ao rio:
Cuidado: Ninguém ouse pisar tão boa gente
Nem destruir o nosso querido Mesão Frio!...

Adélia Barros

«Recordar olhando o rio »

As tuas águas sempre tão serenas
Onduladas levemente pelo vento
Tranquilam e aquietam a minha alma!
E fazem divagar meu pensamento.

Recordo as manhãs em que acordava
Com o cantar das aves chilreando
Tomando a primeira refeição
Ou então nos beirais sobrevoando.

Nas tardes com o sol a pino
Hora da sesta de todos os mortais
Parecia que até a própria fonte
Não tinha forças para correr mais.

Quando chegava a hora em que o Sol
Se deitava calmamente no seu leito
Beijava de fugida a dona Lua
Que levava sua luz a encher-lhe o peito

E eu, repousando no quarto pequenino
Perfumado de jasmim e rosmaninho
Dormia embalada pelo vento
Que balançava as folhas de mansinho!

Adélia Barros

Para os meus amigos de S. Bernardo

Desponta o sol pela manhã!!!
De par em par
Abro as portas da varanda.
Lá fora, nos canteiros,
Os gerânios
Abrem suas pétalas coloridas:
Vermelhas, rosa ,brancas.
Oiço as avezinhas chilrear,
Os passos pressurosos
Daqueles que seu pão
Vão mourejar.
Mas não me oiço a mim
E fico triste!
Qual a razão do meu silêncio interior,
Se acordo sempre a cantarolar?
Pois a noite
Permite-me sonhar!
É que eu não sonhei
Durante a noite escura como breu!
E fico a pensar:
Eu não sou eu!...
Permaneci silenciosa,
De braços cruzados sobre o peito,
Contemplando a doce Natureza.
Então o Sol generoso
Tomou-me nos seus braços,
Aqueceu-me o corpo, a alma,
O coração...
Se não sonhei,pensei:
É porque a vida tem algo
Mui real para me dar!
Dá-me sol,flores,amigos
E uns especiais que vivem longe
E que não esquecem esta velha amiga
Que nasceu hoje para os amar
CADA VEZ MAIS....

Em 29 de Abril de 2007

Adélia Barros

« DESEJO »

Como eu gostaria de poder
Voar subir tocar o céu
Abrir as portas desse Paraíso
E dizer que tudo isso era meu!!

Para ficar rica? Não!!
Pois rica já sou eu!
Tenho meus filhos, meus netos
E tudo mais que DEUS me deu.

Queria ficar mais perto DELE
Para LHE agradecer em oração.
Poder deixar CONSIGO a minha alma
E abrir de par em par meu coração!!

Adélia Barros

« Mar da Terceira »

Só tu, mar da Terceira
Calmo, azul-cinza, tocando o céu
No longíquo horizonte
Batendo de mansinho nos rochedos negros
Que seguram no dorso
O casario branquinho,
A verdura dos campos.
E desafiam o olhar
Daqueles que admiram
A tua beleza natural
Que Deus criou com tanto amor
Para que ao contemplar
Todas estas maravilhas
Pensemos que ELE existe
E que fez tudo isto
Para adoçar as nossas vidas
E esquecermos as agruras
Que são da cor das rochas.

O teu marulhar
Que entra no ouvido como música celestial
Sussurra-nos assim:
Hoje pode ser mau,mas amanhã será melhor!
Tem fé, pensa na GRANDEZA de DEUS
E crê que tudo irás ultrapassar!!!!!

Adélia Barros





O

« OUTONO »

Ai como é bom sair nas tardes calmas
Sobre o tapete d'Outono aveludado!
Tecido de retalhos coloridos,
Dum vermelho ou tijolo acastanhado.

Sentir esse ranger das folhas secas,
Caídas uma a uma ou de rajada,
SE o vento resolve sacudir
A árvore que fica depenada.

Triste,nua e tão envergonhada
Dos olhares curiosos dos passantes,
Que dizem impiedosos:inda há pouco
Vos vi tão orgulhosas,verdejantes?

E agora? Despidas e tristonhas
Como ave que sem querer perdeu a pena.
Por que deixais cair tão belas roupas
E vos prestais a tão penosa cena?

Não vedes,impiedosos passageiros,
Que ninguém dá valor à alegria
Se antes não sofrer,chorar, sentir
Que depois da noite vem o dia?!

Adélia Barros

Outono de 1997

Para ti, NENA

Foi no Outono, quando tudo é calmo,
As árvores começam a despir
Suas roupagens verdes fulgurantes
E as andorinhas desatam a fugir!

Foi no Outono que, por entre risos
E talvez lágrimas de grande emoção,
Nasceu uma flor mimosa, pequenina
Ainda fechadinha, qual botão!

Esse botão tão fino e delicado
Que foi desabrochando dia a dia
E se tornou numa flor tão doce e perfumada
Como uma Rosa-chá de Alexandria.

É no Outono que brotam violetas
Humildes, mas muito aromadas
Que se escondem entre as folhas
Que em forma de coração foram talhadas!

Tal como elas, despida de vaidade,
Mas cheia de doçura ,querida amiga,
Espalhas teu perfume, teu carinho
Áqueles que te rodeiam nesta vida.

E podes crer que esse perfume ficará
Sempre presente em tudo que tocaste:
Nas coisas,nos amigos,na família
Que sempre com fervor tanto amaste!

Recebe desta amiga,uma irmã,
Pois foi assim que sempre te encarei,
Toda a amizade,carinho e gratidão
Por tudo que me deste e guardarei.

Adélia Barros

Poema

Gostava de ser Bocage
Pessoa ou talvez Camões
Para escrever poesia
Que encantasse corações!

Adélia Barros

Ao meu neto Bruno Natal de 1995

Se p'ra ti sou pintora inesquecível
E mereci uma prenda tão sensível,
Vou pintar-te o teu retrato,meu querido,
Com palavras de belo colorido.

Os teus olhos têm cor de doce mel
Quando os meus fitam, me prendem qual anel.
O teu riso é aberto como a rosa
Quando há Sol e ela o sente e goza.

O teu corpo fininho qual esteio,
Mas que é forte quando nele me enleio.
És meu regalo quando te contemplo,
Junto de ti eu sinto-me num templo

Quero ter de ti sempre esta imagem
E nunca saber que passou a ser miragem.
Quero tua alma assim tão colorida.
És a mais linda tela de toda a minha vida!!!!





Ao meu neto João nos seus 8 anos


Ser avó é ser Mãe duas vezes,
Diz o povo e com toda a razão.
Quando se tem uns netos tão bonitos
E um deles tem o nome de João!

João é um nome pequenino,
Mas é grande aquilo que traduz.
Nem podia ser doutra maneira,
Pois João era o primo de Jesus.

Os seus olhos são duas estrelinhas
De brilho tão intenso e cintilante.
O seu sorriso enche a casa toda,
Parece noite quando está ausente!

Quero que sejas sempre assim alegre,
Meu neto, meu menino , meu João!
Tua alegria teu riso teu olhar
Consolam este velho coração!

Este meu coração que bate forte,
Pois forte é por vós o seu amor.
Eu sei que pulsará eternamente
Enquanto receber vosso calor.



Para a minha neta Daniela seus 15 anos


Cor
Flor
Odor...
Tudo se encontra
Em ti , meu amor

Rosa amarela
Manjerico na janela
Margarida bela:
És tudo isso
Minha linda daniela....

Corpo elegante,
Olhar brilhante,
Riso cintilante
És tudo tu,
Meu diamante...

Passado
Presente
Futuro
Será brilhante
Se continuares a ser
Boa estudante.

Honesta,
Verdadeira,
Sensata....
Hoje Menina,
Amanhã Mulher
Que será tudo que Tu
E DEUS quiser!!!

Poesia

Olá meu lindo João
Estás cada vez mais bonito
Quero que me venhas ver
Para te dar um abracito!

Só para os amigos

Será benvindo quem vier por bem!

Adélia Barros