Ai como é bom sair nas tardes calmas
Sobre o tapete d'Outono aveludado!
Tecido de retalhos coloridos,
Dum vermelho ou tijolo acastanhado.
Sentir esse ranger das folhas secas,
Caídas uma a uma ou de rajada,
SE o vento resolve sacudir
A árvore que fica depenada.
Triste,nua e tão envergonhada
Dos olhares curiosos dos passantes,
Que dizem impiedosos:inda há pouco
Vos vi tão orgulhosas,verdejantes?
E agora? Despidas e tristonhas
Como ave que sem querer perdeu a pena.
Por que deixais cair tão belas roupas
E vos prestais a tão penosa cena?
Não vedes,impiedosos passageiros,
Que ninguém dá valor à alegria
Se antes não sofrer,chorar, sentir
Que depois da noite vem o dia?!
Adélia Barros
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